tenho o maior respeito pelo gil vicente. creio que a série foi realizada exatamente com a intenção de nos sacudir e ao invés do contentamento que um desenho pode mostrar,sua série tumultua o olhar da gente, desarruma o sujeito, o objeto e os limites do fazer arte, num jogo sombrio onde o lugar do artista é colocado em xeque. manuel bandeira no poema (nova poética) escreve o seguinte verso... "o poema deve ser como a nódoa do brim: fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero.", (sempre penso neste verso como se o poema fosse a pintura, o desenho) nesse desenhos, gil vicente protesta com a única arma que domina perfeitamente, sua inventividade.
tati, o principal da produçào do gil vicente são desenhos ( veja a série de sescenta cabeças, por ex.), ora com carvào, ora com nanquim. neste caso específico, duas coisas que se questiona muito, pelo menos do que eu tenho ouvido no parque lage, é que os trabalhos pecam por serem muito "ilustração", e um predomínio exagerado do assunto em detrimento da linguagem, o que teoricamente tornaria os trabalhos ruins. ainda acho que idependente de qualquer questào a polêmica se resolve de maneira muito simples: gostar ou não gostar, a experiência do olhar é muito individual, e quando olhamos, vemos com todas as referências de mundo que vamos acumulando ao longo da vida. grande abç!
Paulo, gostei bastante do que vc comentou. E a citação do Bandeira (que é um dos meus favoritos) é perfeita. Interessante a troca e novos olhares e interpretações. Abraços
5 comentários:
O desenho do cara é fantástico. Já a atitude...
tenho o maior respeito pelo gil vicente. creio que a série foi realizada exatamente com a intenção de nos sacudir e ao invés do contentamento que um desenho pode mostrar,sua série tumultua o olhar da gente, desarruma o sujeito, o objeto e os limites do fazer arte, num jogo sombrio onde o lugar do artista é colocado em xeque. manuel bandeira no poema
(nova poética) escreve o seguinte verso... "o poema deve ser como a nódoa do brim: fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero.", (sempre penso neste verso como se o poema fosse a pintura, o desenho) nesse desenhos, gil vicente protesta com a única arma que domina perfeitamente, sua inventividade.
Ouvi de alguém (não falo quem, nem sob tortura) que a idéia é boa mas o desenho é péssimo. O que vcs acham?
Tati - polemizando ainda mais
tati, o principal da produçào do gil vicente são desenhos ( veja a série de sescenta cabeças, por ex.), ora com carvào, ora com nanquim. neste caso específico, duas coisas que se questiona muito, pelo menos do que eu tenho ouvido no parque lage, é que os trabalhos pecam por serem muito "ilustração", e um predomínio exagerado do assunto em detrimento da linguagem, o que teoricamente tornaria os trabalhos ruins. ainda acho que idependente de qualquer questào a polêmica se resolve de maneira muito simples: gostar ou não gostar, a experiência do olhar é muito individual, e quando olhamos, vemos com todas as referências de mundo que vamos acumulando ao longo da vida. grande abç!
paulo vieira
Paulo, gostei bastante do que vc comentou. E a citação do Bandeira (que é um dos meus favoritos) é perfeita. Interessante a troca e novos olhares e interpretações.
Abraços
Postar um comentário